SANEAMENTO BÁSICO

20/05/2021 - Saneamento
Prefeitura garante que sistema de captação na Lagoa do Peri é estável e seguro
Casan investiu mais de R$ 10 milhões e clima permitiu recuperação total do manancial

A Secretaria Municipal do Meio Ambiente, atenta ao risco de nova estiagem, acompanha a condição da Lagoa do Peri. A situação ambiental da Lagoa do Peri neste momento, garante o secretário Fábio Braga, é estável e sem riscos à saúde humana, à fauna e à flora. O manancial de água oferece condições excelentes em quantidade e qualidade para consumo humano.

 

Recentemente, Fábio Braga, o secretário adjunto Laudelino de Bastos e Silva e Lucas Arruda, da Superintendência de Saneamento, fizeram inspeção na estação de captação da Casan situada, desde a década de 70, na Unidade de Conservação do Monumento Natural da Lagoa do Peri.

 

Desde dezembro do ano passado, aponta Laudelino de Bastos e Silva, o nível de água da Lagoa do Peri está totalmente recuperado. Em janeiro e fevereiro, o nível passou de três metros.  “Hoje o nível da Lagoa do Peri esta em 2,66 metros, a Casan tem autorização para captar até 200 litros por segundo e só está tirando 120 litros por segundo”, informa.

 

Problemas superados

 

“Com o investimento de mais de R$ 10 milhões desde agosto do ano passado, temos a garantia da Casan que o sistema de captação da Lagoa do Peri está com os gatilhos adequados para pronta resposta em caso de estiagem. Não haverá desabastecimento”, afirma Fábio Braga.

 

Ele compreende a apreensão da comunidade, mas ratifica que não há risco de se repetir o desabastecimento verificado ano passado. Entre 2018 e dezembro de 2020, explica, houve uma estiagem atípica na região da Lagoa do Peri, acima de qualquer outra região do Estado. O nível de água chegou ao piso dos registros históricos, baixando até 1,43 metro.

 

 

Gatilho de captação

 

De acordo com o Laudelino, ainda assim, em qualquer circunstância em que o nível de água chegue a 1,66 metro, a Casan suspenderá a captação e terá condições de suprir a rede graças às providências tomadas nos últimos 18 meses. Esse limitador foi fixado com base nas recomendações do Instituto de Meio Ambiente (IMA) e, embora a Prefeitura de Florianópolis tenha proposto elevá-lo, a Casan garante que está adequado.

 

Com a experiência de escassez no ano passado, lembra ele, a PMF pressionou a Casan para em seis meses deixasse de captar na Lagoa do Peri. Havia uma previsão de que levaria três anos para recuperar aquele aquífero, mas as condições do clima foram muito favoráveis e o ecossistema se recompôs em dois meses.

 

Captação reduzida

 

Mesmo assim, a Casan manteve o plano e aliviou o sistema do Peri com investimentos para substituir a captação no Peri por ingresso de água nos sistemas Norte e Sul. A Tapera passou a ser abastecida pelo sistema integrado, com água que vem de Santo Amaro da Imperatriz, e a Barra da Lagoa agora será atendida pelo sistema Costa Norte. “A área de distribuição de água da Lagoa do Peri foi diminuída, foram colocados em operação poços que antes atendiam apenas a sazonalidade do verão e melhorada a captação de outros poços que já existiam no Campeche. Por conta disso, chegamos ao número mágico que permite atender a região sem depender da água da Lagoa do Peri”, informa Laudelino.

 

Nível alto de água

 

A Casan, demandada pela Secretaria do Meio Ambiente, esclarece que neste momento, a lagoa está fluindo 2,4 mil litros por segundo de água doce para o mar. Desde o início do ano, até hoje, a lagoa já extravasou cerca de 14,5 bilhões de litros de água, e esse quantitativo é o dobro do volume anual captado pela Casan considerando a vazão média de 200 litros por segundo.

 

Em agosto de 2020, na estação de tratamento de água, entraram em operação os novos flotadores, oriundos do Contrato EOC Nº 1174/2018, no valor de R$ 7,49 milhões, responsáveis pela grande mudança no tratamento da água do Sul da Ilha de

Santa Catarina (incluindo remoção de cianobactérias), possibilitando uma constância no atendimento dos parâmetros de turbidez para água filtrada. Quando clorada, essa água mantém o cloro residual constante por muito mais tempo, resolvendo definitivamente a questão de toxinas.

 

 

 

ESCLARECIMENTO

 

A Prefeitura de Florianópolis, por meio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA), esclarece que, neste momento, a situação ambiental da Lagoa do Peri é estável e sem riscos à saúde humana, à fauna e à flora. O manancial de água oferece condições excelentes em quantidade e qualidade para consumo humano.

 

A região é protegida pela Unidade de Conservação do Monumento Natural da Lagoa do Peri e as condições ambientais são monitoradas por grupo técnico multidisciplinar da Floram, garante a superintendente Beatriz Kowalski. Segundo ela, a balneabilidade da Lagoa é atestada pelo IMA e a potabilidade da água controlada pela Casan. 

 

Dados de estudo divulgado pela Ufsc referem-se ao período entre 2018 e dezembro de 2020, quando houve uma estiagem atípica na região e o nível de água da lagoa chegou a 1,43 metro. Desde dezembro do ano passado, aponta o secretário-adjunto Laudelino de Bastos e Silva, que responde pela Superintendência de Saneamento Básico, o nível de água da Lagoa do Peri está totalmente recuperado. Em janeiro e fevereiro, o nível passou de três metros.  “Hoje o nível da Lagoa do Peri esta em 2,66 metros, a Casan tem autorização para captar até 200 litros por segundo e só está tirando 120 litros por segundo”, informa.

 

No momento, todos os laudos laboratoriais estão positivos. A água tem qualidade e quantidade suficientes para atender aquela região de forma segura. O Rio Sangradouro chega ao mar sem nenhum tipo de impacto ambiental. A presença da cianobactéria está absolutamente dentro dos limites estabelecidos pelo Ministério da Saúde. A proliferação da alga vem crescendo desde 1994, mas está sob controle, porque há um volume de água que a dilui. “A situação está totalmente dentro dos limites toleráveis para distribuição de água potável à comunidade”, garante ele.