28/05/2014 - RESIDUOS - Meio Ambiente
Gestão ecoficiente e reciclagem de orgânicos
No segundo dia abordada falta de qualificação no Brasil para tratamentos de resíduos úmidos que compõem mais da metade do total aterrado

foto/divulgação: Solon Soares/Alesc/Divulgação

Paletrantes alemães

O segundo dia de palestras e debates do 2º Congresso Técnico Brasil-Alemanha Gestão Sustentável de Resíduos Sólidos Urbanos englobou temas relacionados às tecnologias ambientais, gestão ecoeficiente de resíduos sólidos urbanos, panorama institucional e contou, ainda, com um momento de debate entre os palestrantes presentes que responderam os questionamentos dos inscritos no congresso.

 

O processo de secagem aeróbia foi abordado pelo palestrante Jan Frilling, da Eggersmann Anlagenbau. Em sua abordagem, ele disse que na Alemanha os resíduos contém muito plástico, que é matéria contaminante, diferente do que ocorre no Brasil. Aqui, a composição dos resíduos tem maior fração orgânica, são mais úmidos. Ele demonstrou cinco processos diferentes que podem ser utilizados para realizar a secagem biológica, procedimento para reduzir a quantidade aterrada.

 

As estratégias e desafios para implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos foram apresentadas por Geraldo Antônio Reichert, da ABES. A política aprovada no Brasil em 2010 ainda enfrenta desafios e precisa de tempo para que se possa colher os resultados, já tão bem alcançados na Alemanha e em outros países da Europa, por exemplo. Ele destacou que os rejeitos, ou seja, aquilo que não pode ser mais utilizado e reaproveitado, recebem conceituração diferente em cada região. Também há mudança no conceitos de reuso e reciclagem com o passar do tempo: o que não é aproveitado hoje pode ter utilidade no futuro, por isso a importância de políticas e iniciativas que nos façam pensar e modificar este cenário constantemente.

 

Já o representante da GIZ, Jens Giersdorf, ressaltou a importância da realização de capacitação técnica para o aproveitamento do biogás a partir dos resíduos domiciliares. No Brasil é escasso, ainda, encontrar profissionais qualificados. Desta forma, ele demonstrou aos presentes alguns procedimentos realizados pela GIZ para alcançar estes resultados.

 

Durante o debate aberto aos participantes, juntamente com os palestrantes, foram questionadas as formas como representantes municipais vem aplicando as políticas de resíduos sólidos, as expectativas para que os projetos obtenham o engajamento e os resultados esperados.

 

(Texto de Mariana Eli, em colaboração da Assessoria de Comunicação da Setur, comandada por Ana Carolina Bossle.)


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