Secretaria Municipal de Limpeza e Manutenção Urbana

18/07/2023 - Limpeza pública
Limpeza pública dá chance a 15 reeducandos do sistema prisional
Modelo inovador e combinado soma esforços dos trabalhadores da Comcap, reeducandos e zeladores ambientais para melhorar bairros

foto/divulgação: Adriana Baldissarelli/Divulgação Comcap/SMLMU

Reeducandos do sistema prisional ajudam na limpeza pública em Floripa

A Prefeitura de Florianópolis ativa modelo combo de limpeza pública nos bairros do Continente. Além dos 60 empregados da Comcap, que compõem a força de trabalho da Secretaria Municipal de Limpeza e Manutenção Urbana, a Secretaria do Continente retomou projeto com 15 reeducandos do sistema prisional que trabalham na limpeza das praias e na revitalização das praças. Também está em operação nos bairros continentais a zeladoria AMA (agentes do meio ambiente) com 82 áreas atendidas e previsão da cobertura chegar a todo território.

 

Anderson Silva, empregado da Comcap há 12 anos, foi encarregado pelo secretário Gui Pereira para coordenar a atividade. “A turma tem muita atenção ao trabalho e respeito ao usuário, ao morador. Temos de jovens de 19 anos que nunca trabalharam a senhores de mais de 50 que já trabalharam com tudo. Eles mesmo se organizam para dar conta das tarefas, tem muita energia, o projeto está bem legal”, elogia o encarregado.

 

Trabalho compensador: reduz a pena e ajuda sociedade

 

Para o reeducando Fábio Viana da Silveira, o Catarina, é ótima oportunidade para sair da unidade prisional e mostrar a mudança de atitude no dia a dia. Também de alcançar a remissão da pena, já que três dias trabalhados reduzem a pena em um dia.   “Além de remir a pena, podemos contribuir com limpeza das praias, praças, parques. É um trabalho compensador, dá chance de mostrar nossa mudança de conduta. Somos uma equipe de 15 reeducandos e graças a Deus o projeto está dando certo”, afirma Catarina.

 

Sem deixar de recomendar o título da matéria: “O título disso é a importância da oportunidade. Os pilares da ressocialização são acesso à saúde, à alimentação, à educação e, um dos mais importantes, ao trabalho.“ Os reeducandos são da Colônia Penal Agrícola de Palhoça e estão em fase avançada de reintegração à sociedade.

 

O projeto piloto com os reeducandos durou oito meses, sob coordenação de Luciano “Tuti” Vieira, foi suspenso e agora voltou com o dobro de pessoas ocupadas na limpeza e revitalização de espaços públicos do continente. “Só não fazemos roçagem ainda”, indica Anderson Silva.

 

Convênio também para Ilha

 

Também no Cemitério São Francisco de Assis, no Itacorubi, a força de trabalho de pessoas em penas alternativas tem colaborado. A preparação para o feriado de finados ano passado, por exemplo, chegou a contar com 90 reeducandos.

 

Com base no projeto bem sucedido no Continente, a Secretaria Municipal de Limpeza e Manutenção Urbana também estabeleceu convênio com a Secretaria de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa. De acordo com a secretária interina, Íris Farias, deverão ser 21 reeducandos que trabalharão em áreas públicas também na Ilha de Santa Catarina.

 

A Prefeitura ainda negocia os termos finais do novo convênio para garantir a segurança e a logística do trabalho. Os reeducandos que participarão do programa estão em regime semiaberto e são selecionados e autorizados pelo Poder Judiciário. São pessoas em fase avançada de ressocialização.

 

Limpeza regular

 

O serviço público e regular de limpeza pública é mantido por 60 pessoas no Continente, informa o subsecretário de Limpeza Pública, Alcebíades Pinheiro. Este ano, já foram feitos seis ciclos completos de roçagem nas principais vias com canteiros como Avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira (PC3), Avenida Atlântica, Beira-Mar Continental, Patrício Caldeira de Andrada, Nagib Jabor, Ivo Silveira, 14 de Julho e Marinheiro Max Schramm. São avenidas extensas que cruzam dois ou até três bairros da região continental.

 

Além da roçagem, a Secretaria Municipal de Limpeza e Manutenção Urbana dá cobertura diária com varrição, capina e raspagem em 62 vias de fluxo comercial. São 48 mil metros de vias públicas atendidas com frequência semanal regular.

 

Zeladoria comunitária

 

Nas áreas residenciais e de interesse social, onde a limpeza pública tem maior dificuldade de manter serviços regulares, operam os zeladores ambientais. São moradores que, contratados como microempreendedores individuais (MEI) pela empresa Smart Citizen, tem a atribuição de cuidar, cada um, de área correspondente a 3 mil metros lineares de vias. 

 

Hoje são 82 áreas atendidas pela zeladoria AMA. A previsão é de estender para todo o continente.


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